𝖏𝖔𝖆𝖓𝖆’s review published on Letterboxd:
“Nós vamos sorrir. Sorriam!”
Existe a história de um país inteiro dentro desse filme, o Brasil ainda está aqui!
Walter Salles dirigiu meu longa brasileiro favorito, Central do Brasil, então, estava com enormes expectativas para o trabalho que ele iria apresentar em Ainda Estou Aqui, e o diretor não deixa a desejar em momento algum.
A adaptação do livro de Marcelo Rubens Paiva é ministrada com maestria, onde Salles opta por desenvolver a narrativa sobre a perspectiva de Eunice, alheia a certa parte da vida de seu marido, Rubens. Desse modo, o telespectador se encontra conectando os fragmentos simultaneamente a ela, fornecendo um ritmo mais acelerado a trama, enquanto permeia por questões familiares e governamentais.
A atuação da Fernanda Torres é com certeza um destaque, principalmente quando a personagem se encontra presa no DOI-CODI e, é forçada a sair de lá sem o marido e sem as respostas desejadas.
Ainda Estou Aqui é um relato entre o antes e depois do que a ditadura tirou do povo brasileiro: o direito de protestar, existir e resistir. A preservação da memória e a habilidade de contar histórias são o dom mais precioso que temos.